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O Senado Federal contabiliza atualmente pelo menos 47 pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com destaque para o ministro Alexandre de Moraes, que é alvo de 22 requerimentos, o maior número entre os magistrados da Suprema Corte. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comentou sobre a situação nesta sexta-feira (23), durante uma visita à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde recebeu uma homenagem.

Pacheco afirmou que adotará “muita prudência” na análise desses pedidos de impeachment, destacando a necessidade de evitar que o processo se torne uma “esculhambação” que possa prejudicar o país. A declaração surgiu após o surgimento de uma reportagem da Folha de S. Paulo, que alega que Moraes utilizou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar bolsonaristas fora dos ritos oficiais.

O presidente do Senado defendeu a liberdade de imprensa e a importância de seguir o devido processo legal, embora tenha observado que a reportagem não oferece uma visão completa dos eventos. Segundo Pacheco, cabe ao Judiciário e ao Ministério Público decidir sobre as acusações.

O senador destacou a necessidade de prudência e confiança nas instituições brasileiras, enfatizando a importância do combate ao crime organizado e a preservação da democracia. “É muito importante ter prudência, deixar as instâncias examinarem essa situação, mas eu quero ressaltar a minha confiança no poder Judiciário, a minha confiança nas instituições brasileiras,” afirmou Pacheco.

Os pedidos de impeachment aumentaram após a publicação da reportagem da Folha, com parlamentares da oposição mobilizando esforços para coletar assinaturas. Pacheco observou que, após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita as decisões monocráticas dos ministros do STF, alguns dos que anteriormente pediam impeachment “se calaram”. A PEC, de autoria de Pacheco, foi aprovada no Senado em 2023 e só recentemente teve despacho na Câmara.

Pacheco reiterou seu compromisso com a democracia e a estabilidade do país, alertando que medidas drásticas que rompam o equilíbrio entre os Poderes podem impactar negativamente a economia, a inflação, o câmbio e o emprego. “Tenho responsabilidade com o meu cargo, com a democracia, com o estado democrático de direito, com o equilíbrio do Brasil,” concluiu o presidente do Senado.

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