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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um cenário desafiador. Levantamento divulgado nesta quarta-feira (5) pela Genial/Quaest mostra que, se o segundo turno das eleições presidenciais de 2026 fosse hoje, Lula estaria em empate técnico com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O petista aparece com 41% das intenções de voto, contra 40% de Tarcísio.

O presidente teria leve vantagem contra outros nomes da oposição: Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná, pontua com 38%, contra 40% de Lula; e Michelle Bolsonaro (PL) aparece com 39%, contra 43% do atual mandatário. Apesar disso, as diferenças estão dentro da margem de erro, o que evidencia a crescente competitividade da oposição.

Outro dado preocupante para o Planalto é que 66% dos entrevistados acreditam que Lula não deveria disputar a reeleição, um crescimento de quatro pontos em relação ao levantamento anterior, realizado em março. “Pela primeira vez, a rejeição ao governo está se transformando em rejeição eleitoral a Lula”, analisa o cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest. Segundo ele, nomes como Tarcísio, Ratinho e Romeu Zema começam a ser vistos como opções viáveis ao eleitorado.

A rejeição ao governo é expressiva: 57% dos entrevistados desaprovam a gestão de Lula, com destaque negativo para o Sudeste (66%) e para o eleitorado evangélico (64%). A popularidade segue baixa, com 43% classificando a gestão como negativa, 28% como regular e apenas 26% como positiva.

Apesar do cenário adverso, a pesquisa também trouxe sinais positivos: houve uma leve melhora na percepção sobre a condução econômica. No entanto, a avaliação é que a repercussão do escândalo no INSS foi determinante para o aumento da insatisfação popular.

Diante dos números, o governo federal acendeu o sinal de alerta. Fontes do Palácio do Planalto revelaram que a estratégia será conter novas crises e concentrar esforços em entregas que impactem diretamente a população, numa tentativa de reverter a queda na popularidade.

Nos bastidores, a análise de aliados próximos ao presidente é que Lula poderá desistir da reeleição caso sua aprovação caia abaixo de 40%. Para esses interlocutores, uma derrota em 2026 representaria um “risco à biografia” do petista, segundo o jornalista Daniel Rittner.

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