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CompartilheCompartilhe 0 A América Latina perdeu nesta terça-feira (14) uma de suas figuras mais emblemáticas com a morte de José “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai, aos 89 anos, vítima de um câncer de esôfago. A notícia foi anunciada nas redes sociais pelo atual presidente uruguaio, Yamandú Orsi, aliado político e amigo pessoal de Mujica. “Vamos sentir muito a sua falta, Velho querido. Obrigado por tudo que nos deste e pelo profundo amor a seu povo”, escreveu Orsi. Mujica faleceu como viveu: fiel às suas convicções, sóbrio em seu modo de vida e profundamente comprometido com o povo uruguaio e as causas sociais. Conhecido por seu discurso direto, sua postura anti-populista e seu estilo de vida austero — morava em uma chácara nos arredores de Montevidéu e doava grande parte do seu salário —, Pepe se tornou uma referência global de liderança ética e coerente. Nascido em Montevidéu em 20 de maio de 1935, Mujica perdeu o pai cedo e começou a trabalhar como florista ainda menino. Seu engajamento político teve início na adolescência, passando por movimentos estudantis e pelo Partido Nacional. Em 1963, juntou-se à guerrilha de esquerda Movimento de Libertação Nacional – Tupamaros. Foi preso diversas vezes, fugiu duas, até ser capturado em 1972, permanecendo 13 anos encarcerado sob condições severas, boa parte deles em solitária. Anistiado em 1984, deixou a luta armada e ingressou na política institucional. Em 1994, elegeu-se deputado. A trajetória culminou em sua eleição para a presidência em 2009, assumindo o cargo em 2010. Em seu discurso de posse, destacou o que considerava essencial: “Educação, educação e educação”. Durante seu governo, Mujica aprovou leis históricas como a descriminalização do aborto, a legalização da maconha e o reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo, posicionando o Uruguai como um dos países mais progressistas da região. Mais do que as reformas, foi seu exemplo pessoal que o elevou a um ícone: um presidente que andava em um Fusca azul, vestia-se com simplicidade e dizia que “quem vive para ter, vive mal”. O governo uruguaio decretou três dias de luto oficial. O Itamaraty o homenageou como “grande amigo do Brasil” e destacou seu papel na integração regional. O presidente Lula lamentou a perda: “Sua vida foi um exemplo de que a luta política e a doçura podem andar juntas”. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que Mujica foi “um exemplo para a América Latina e para o mundo inteiro pela sabedoria, pensamento e simplicidade que o caracterizaram”. Em uma de suas últimas entrevistas, concedida em 2023 à jornalista Mônica Manir, Mujica alertou sobre a falta de renovação nas lideranças progressistas da região. “Lula está enamorado, e isso é bom, mas ter 78 anos não é fácil, e o PT não é o mesmo com e sem ele”, afirmou. Demonstrava preocupação com a polarização política, que via como um sintoma de uma sociedade “infectada por uma tecnologia mal utilizada”. Mujica não se furtava ao confronto e à franqueza. Defensor intransigente dos direitos humanos, afirmava: “Quando deixamos a existência do aborto no mundo clandestino, quem deixamos em maior risco são as mulheres”. Também era conhecido por gafes memoráveis, como quando se referiu à então presidente argentina Cristina Kirchner como “esta velha é pior que o caolho”, numa comparação pouco diplomática com o ex-presidente Néstor Kirchner. Morre o homem, permanece o símbolo. Pepe Mujica deixa um legado de coerência rara na política, de firmeza sem autoritarismo, de simplicidade como valor ético. Um farol para a esquerda latino-americana — e uma ausência que será profundamente sentida.
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