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Após uma visita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo, o ministro da Defesa, José Múcio, comentou a prisão do general da reserva Walter Braga Netto, afirmando que o ocorrido não é uma surpresa. “Eu falei para o presidente que o Braga Netto não é problema nosso, mas da Justiça”, disse Múcio, destacando que a prisão do primeiro general de quatro estrelas não foi inesperada. A declaração do ministro reforça a posição do governo de que a situação está sob o julgamento do sistema judicial.

Múcio também aproveitou a visita para tratar de temas relacionados à reforma da previdência dos militares, destacando que o projeto de lei que estabelece 55 anos como idade mínima para a aposentadoria dos militares está avançando. “Não tem muito mais o que discutir, isso vai para o plenário e depois vamos nos adaptar”, afirmou, sinalizando que a proposta segue seu curso no Congresso como parte do pacote de corte de gastos do governo. O projeto foi publicado recentemente no Diário Oficial da União e tem gerado discussões sobre os impactos financeiros e sociais da mudança.

Em outro episódio, a Marinha excluiu de suas redes sociais um vídeo comemorativo ao Dia do Marinheiro, após críticas do ministro José Múcio e do próprio presidente Lula. O vídeo, que ironizava a suposta falta de privilégios da carreira militar, foi considerado inadequado e gerou desconforto no governo. Após ouvir as reclamações, a Marinha decidiu retirar o conteúdo das redes sociais, buscando evitar maiores controvérsias.

Enquanto isso, o general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência, solicitou a revogação de sua prisão. Fernandes foi detido sob acusação de envolvimento no plano “Punhal Verde Amarelo”, que teria como objetivo matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. O general alegou que não há provas suficientes do suposto plano, e pediu a revogação de sua prisão preventiva, questionando a existência de qualquer evidência concreta contra ele.

O governo segue enfrentando um cenário tenso, com desafios tanto no campo da segurança pública quanto na implementação de reformas estruturais, como a da previdência militar. O avanço da agenda de reformas e a manutenção da ordem no meio de uma crescente tensão política e judicial continuam sendo questões centrais para a administração de Lula.

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