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Em mais um capítulo da política comercial agressiva que marcou seu primeiro mandato, o presidente americano Donald Trump voltou a ameaçar sobretaxar produtos de países aliados, caso não fechem acordos bilaterais com os Estados Unidos até o fim deste mês. Japão e Coreia do Sul estão entre os principais alvos da nova rodada de pressão tarifária, com Trump afirmando que, sem acordo, haverá taxas de ao menos 25% sobre produtos desses países a partir de 1º de agosto.

Além dos dois aliados estratégicos, o presidente também incluiu na lista países como Tailândia, Malásia, Indonésia, África do Sul, Camboja, Bangladesh, Cazaquistão e Tunísia. O anúncio provocou quedas nas bolsas americanas e aumentou a tensão no cenário econômico global.

Embora o tom da ameaça tenha sido duro, na prática Trump deve estender o prazo de 90 dias para a negociação de acordos bilaterais, que vinha sendo aplicado desde o que chamou de “Liberation Day” — data em que suspendeu provisoriamente uma tarifa generalizada de 10% após forte reação negativa do mercado financeiro.

Enquanto o cenário econômico se agita, Trump também movimenta a cena diplomática com apelos simbólicos. Durante uma visita à Casa Branca, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, entregou uma carta de indicação de Trump ao Prêmio Nobel da Paz. Apesar de não ter efeito prático sobre a premiação, analistas enxergam o gesto como uma tentativa de afagar o presidente americano e amenizar as pressões por um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde os conflitos seguem intensos.

As ameaças tarifárias e a busca por prestígio internacional reforçam o estilo combativo de Trump, que tenta consolidar sua imagem de negociador implacável em meio à campanha pela reeleição.

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