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Em um relatório de auditoria divulgado na última quarta-feira (23), o Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que os programas de renegociação de dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e do Programa Universidade para Todos (Prouni) resultaram em uma perda de aproximadamente R$ 10 bilhões para os cofres públicos. O relatório avaliou recursos totalizando R$ 176 bilhões entre 2013 e 2022, sendo R$ 148 bilhões referentes a despesas do Fies e R$ 28 bilhões em renúncias tributárias do Prouni.

Os auditores apontaram problemas significativos de sustentabilidade financeira, transparência e governança nos dois programas. A taxa de inadimplência do Fies atingiu alarmantes 51%, e os programas de renegociação de dívidas, que ofereceram descontos de até 99% sobre o valor total das dívidas, contribuíram para a perda de R$ 10 bilhões. O relatório critica a fragmentação e as inconsistências na divulgação de dados, o que dificulta a compreensão da relação entre Fies e Prouni e compromete a transparência e a tomada de decisões.

O TCU destacou que, ao contrário do Fies, o Prouni opera exclusivamente por meio de renúncia fiscal e não espera retorno financeiro dos valores concedidos. O programa é administrado pelo Ministério da Educação e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. De acordo com a área técnica da Corte, a falta de uma política nacional de educação superior resulta em programas governamentais “desconexos”, com objetivos e metas pouco claros e ausência de indicadores de desempenho e avaliações de eficácia.

O relator do caso, ministro Walton Alencar, determinou que o Governo Federal realize uma avaliação dos impactos orçamentários e financeiros dos altos índices de inadimplência do Fies. O objetivo é compreender melhor as consequências econômicas desses programas e melhorar sua gestão.

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