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A polícia do estado de Minnesota, nos Estados Unidos, prendeu neste domingo (16) Vance Boelter, suspeito de assassinar a deputada estadual democrata Melissa Hortman e o marido dela, além de balear o senador estadual John Hoffman e sua esposa. A prisão foi efetuada no condado de Hennepin após uma operação de buscas que durou quase 48 horas e mobilizou diversas agências de segurança.

Segundo o governador de Minnesota, Tim Walz, também do Partido Democrata, os crimes têm “fortes indícios de motivação política”. Durante a investigação, a polícia localizou no carro de Boelter uma lista com nomes de 70 alvos em potencial — a maioria formada por parlamentares democratas e defensores do direito ao aborto.

Melissa Hortman, conhecida por sua atuação em defesa da saúde reprodutiva e dos direitos civis, foi morta a tiros em sua residência na última sexta-feira (14). O marido dela também foi encontrado morto no local. John Hoffman e sua esposa foram atacados na manhã seguinte, mas sobreviveram e seguem internados em estado estável.

Relatos de vizinhos e registros em redes sociais revelam que Boelter se apresentava como evangélico ultraconservador. Em seus perfis, ele já havia publicado vídeos com ataques a parlamentares democratas, críticas ferozes ao direito ao aborto e discursos sobre o que classificava como a “decadência moral dos EUA”.

As autoridades ainda investigam se Boelter agiu sozinho ou com apoio de outros extremistas. A existência da lista com dezenas de alvos levantou o alerta para possíveis ameaças a outros representantes eleitos, e medidas de segurança foram reforçadas nos gabinetes e residências de parlamentares em Minnesota e outros estados.

O FBI e o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos acompanham o caso. Em coletiva, o governador Tim Walz afirmou que os ataques são “um golpe contra a democracia e os valores fundamentais do país”. “Isso não é apenas um crime hediondo. É uma tentativa de intimidação política que não será tolerada em nosso estado”, disse.

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