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Com “Fora, Xandão” adesivado no peito, bolsonaristas ocuparam a Avenida Paulista em São Paulo no sábado para um protesto contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e em apoio à anistia para os golpistas do 8 de janeiro. Estimativas do Monitor do Debate Político no Meio Digital indicam que aproximadamente 45,4 mil pessoas participaram do ato. Os manifestantes exibiram cartazes e bandeiras com mensagens em inglês de apoio a Elon Musk, dono do X, rede social que foi suspensa no país por Moraes.

Durante o evento, o ex-presidente Jair Bolsonaro usou o microfone para atacar Moraes, chamando-o de “ditador” e surpreendendo muitos ao afirmar que o juiz “faz mais mal ao Brasil” do que o presidente Lula. Bolsonaro também foi apoiado por Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo e provável candidato ao Palácio do Planalto em 2026. Freitas expressou saudade do governo anterior e pediu ao público que gritasse “Volta, Bolsonaro”.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, estava presente, mas de forma discreta no caminhão de som, e não foi anunciado oficialmente no evento. A ausência de destaque não foi a única forma de escanteio. Bolsonaro criticou o candidato a prefeito Pablo Marçal (PRTB), que tentou subir ao carro de som para fazer um discurso e foi barrado. Em nota, Bolsonaro minimizou o incidente, dizendo que ocorreu após seu discurso.

O cerco bolsonarista a Marçal se estendeu além do ato na Paulista. O pastor Silas Malafaia, em suas redes sociais, chamou Marçal de “traidor” e “arregão” (covarde), alegando que o candidato do PRTB “tem medo de Alexandre de Moraes”. A situação reflete a tensão crescente dentro das fileiras bolsonaristas e o ambiente polarizado em torno das questões judiciais e políticas atuais.

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