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A Petrobras está enfrentando uma disputa com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para obter a licença ambiental necessária para explorar o bloco 59, situado na margem equatorial brasileira, uma região estratégica e ecologicamente sensível que se estende entre o Rio Grande do Norte e a Guiana Francesa. A estatal argumenta que a exploração do bloco se limitaria a uma perfuração, sem apresentar grandes riscos ambientais. No entanto, uma investigação do portal InfoAmazonia levanta preocupações de que a licença solicitada seja uma “cortina de fumaça”, permitindo que toda a região seja aberta para exploração por petroleiras internacionais.

A análise de dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) revela que a costa entre o Amapá e o Maranhão, região onde o bloco 59 está localizado, conta com 321 blocos de exploração, dos quais 25 já foram concedidos a empresas como Shell, BP, Brava Energia, Prio e a própria Petrobras. Entre 1970 e 2024, ao menos um quarto dos 155 poços perfurados na margem equatorial sofreram interrupções devido a acidentes mecânicos, o que levanta questionamentos sobre a segurança das operações e os impactos ambientais.

Especialistas e ambientalistas alertam que, apesar da argumentação da Petrobras, os riscos associados à exploração de petróleo na região são elevados. A margem equatorial é conhecida por sua biodiversidade única, e qualquer acidente ou falha nas operações pode resultar em danos irreparáveis ao ecossistema marinho e terrestre da área. A Petrobras, por sua vez, defende que a exploração inicial não trará grandes danos e que medidas de segurança serão adotadas, mas a polêmica segue aquecendo o debate entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

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