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Astrônomos confirmam existência de estrela companheira de Betelgeuse e explicam variações de brilho

Um dos maiores enigmas da astronomia moderna acaba de ser resolvido. Uma equipe de astrônomos liderada pela NASA confirmou a existência de uma estrela companheira orbitando Betelgeuse — uma das estrelas mais brilhantes e conhecidas do céu noturno, localizada na constelação de Órion, a aproximadamente 640 anos-luz da Terra.

A descoberta foi feita com o auxílio do instrumento ‘Alopeke, acoplado ao telescópio Gemini North, situado no Havaí. O equipamento de alta precisão permitiu que os cientistas observassem detalhes antes inacessíveis da superfície de Betelgeuse e de sua vizinhança estelar. O achado resolve um mistério que há décadas intriga os astrônomos: a oscilação regular no brilho da estrela, que segue um ciclo de aproximadamente seis anos.

Os resultados, publicados nesta segunda-feira (21) na revista científica The Astrophysical Journal Letters, confirmam a hipótese de que uma estrela companheira é responsável pelas variações periódicas de luminosidade observadas. A interação gravitacional entre os dois astros afeta a estrutura e o comportamento da atmosfera de Betelgeuse, provocando as oscilações detectadas da Terra.

“Foi como encontrar uma agulha no palheiro cósmico. A presença da estrela companheira explica de forma elegante um fenômeno que vínhamos acompanhando há décadas”, declarou um dos autores do estudo.

Betelgeuse, uma supergigante vermelha em estágio avançado de sua vida, chegou a chamar atenção global em 2019, quando apresentou uma queda acentuada de brilho — levantando especulações sobre uma possível supernova iminente. Desde então, astrônomos intensificaram as observações, culminando agora com a confirmação da presença da estrela companheira.

A descoberta abre caminho para novos estudos sobre sistemas binários envolvendo estrelas supergigantes e pode ajudar os cientistas a entender melhor a evolução estelar e os processos que precedem explosões de supernovas.

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