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A líder opositora venezuelana, María Corina Machado, mantém firme sua exigência de reconhecimento da vitória de Edmundo González Urrutia nas recentes eleições presidenciais da Venezuela. Em entrevista exclusiva à jornalista Janaína Figueiredo, Machado revelou que possui em mãos 83,5% das atas eleitorais, documentos que, segundo ela, são originais e foram impressos pelas máquinas do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com assinaturas de testemunhas, membros de mesa e trabalhadores do CNE.

“Temos essas atas porque funcionários do CNE acompanharam nossa luta. Podemos entregar essas atas eleitorais ao governo do Brasil e a qualquer outro governo do mundo que queira verificar a validade dos documentos”, afirmou María Corina Machado. No entanto, o governo brasileiro, segundo fontes oficiais, só tomará uma decisão sobre o reconhecimento da vitória quando as atas do CNE forem tornadas públicas. A avaliação desses documentos pelo Brasil é incerta, e é possível que mesmo recebendo as atas, o governo não as valide oficialmente.

O ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial da presidência, expressou preocupação com a situação política na Venezuela, afirmando temer um “conflito muito grave”, embora evite usar o termo “guerra civil”. Amorim destacou a importância da conciliação e flexibilidade de todas as partes envolvidas para evitar uma escalada de tensão. Ele também lamentou que as atas eleitorais não tenham sido divulgadas imediatamente após o pleito, um ponto que foi discutido em sua conversa com Nicolás Maduro.

A Missão de Observação Eleitoral (MOE), uma plataforma colombiana especializada em validar a credibilidade eleitoral, revisou as atas apresentadas pela oposição e confirmou o resultado divulgado pelo partido de González Urrutia. Segundo a MOE, o opositor venceu com 67,2% dos votos, enquanto Nicolás Maduro obteve 30,4%. Em contraste, o CNE declarou que Maduro recebeu 51,95% dos votos, contra 43,18% de González Urrutia.

Essa situação pode ter implicações significativas para o governo brasileiro, que precisa lidar com as consequências da sua tentativa inicial de legitimar Nicolás Maduro. A administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentará o desafio de convencer os eleitores de seu compromisso com a democracia, apesar das dificuldades em validar a atual situação política na Venezuela.

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