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Em um artigo publicado neste domingo no The New York Times, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil está aberto ao diálogo com os Estados Unidos, mas ressaltou que democracia e soberania nacional são “inegociáveis”. A declaração é uma resposta direta às recentes declarações do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o julgamento de Jair Bolsonaro, além de ter defendido tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

Lula aproveitou o espaço no jornal norte-americano para defender o STF, destacando o papel da Corte na preservação da ordem democrática, especialmente após os planos golpistas revelados nos bastidores da transição presidencial de 2022. O presidente também criticou as medidas unilaterais dos EUA, citando como exemplo a investigação sobre o Pix, sistema de pagamentos brasileiro, que, segundo ele, promove inclusão financeira e deveria ser reconhecido como inovação, e não alvo de suspeitas.

Ainda no artigo, Lula rebateu acusações internacionais sobre o desmatamento na Amazônia, alegando avanços recentes em políticas ambientais e ressaltando o compromisso do Brasil com metas de sustentabilidade. Também respondeu a críticas sobre a regulação das big techs, afirmando que o governo busca proteger a democracia e combater a desinformação, e não censurar ou restringir a liberdade de expressão.

As críticas de Trump ao julgamento de Bolsonaro e ao STF foram vistas como ingerência indevida nos assuntos internos do Brasil, acirrando ainda mais as tensões entre os dois líderes. No texto, Lula deixa claro que, embora o Brasil esteja disposto a manter relações construtivas com os EUA, não aceitará ameaças econômicas nem ataques à sua institucionalidade.

A publicação acontece em meio a um cenário internacional polarizado e marca mais um capítulo da disputa narrativa entre governos progressistas e líderes da extrema-direita no cenário global. Para Lula, a defesa da soberania, da democracia e das instituições é fundamental para preservar a estabilidade política e econômica do país diante das pressões externas.

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