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Israel mata mais cinco jornalistas em Gaza, incluindo vítimas de ataque ‘double tap’; relações com Brasil são rebaixadas

Cinco jornalistas palestinos foram mortos por Israel nesta segunda-feira (25) na Faixa de Gaza, nas imediações de um hospital localizado no sul do enclave. Três deles foram vítimas de um ataque do tipo “double tap”, uma tática de guerra cruel popularizada por grupos terroristas como Al-Qaeda, Estado Islâmico e Talibã. A técnica consiste em realizar um bombardeio inicial em uma área civil, aguardar a chegada de socorristas, jornalistas e paramédicos e, em seguida, lançar um segundo ataque no mesmo local.

Os profissionais mortos trabalhavam para grandes redes internacionais como NBC News, Associated Press, Reuters e Al Jazeera. Com as novas vítimas, o número total de jornalistas mortos na Faixa de Gaza desde o início do conflito ultrapassa 200, de acordo com a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que classificou o ambiente de trabalho na região como “um dos mais letais da história moderna do jornalismo”.

As últimas imagens captadas pelos fotógrafos antes de serem mortos circularam amplamente nas redes sociais e veículos internacionais, provocando nova onda de indignação global e pedidos por responsabilização de autoridades israelenses.

Enquanto a crise humanitária e os ataques a jornalistas se agravam, o clima diplomático entre Brasil e Israel também piora. O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou que vai rebaixar as relações diplomáticas com o Brasil, após o Itamaraty não dar resposta à indicação de um novo embaixador israelense. O governo israelense informou ainda que não pretende apresentar um novo nome para ocupar o posto diplomático em Brasília.

Em resposta, o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, negou que tenha havido um veto oficial à indicação. Segundo ele, a ausência de resposta foi uma reação ao que chamou de “humilhação pública” sofrida pelo ex-embaixador brasileiro em Israel, além da declaração de “persona non grata” atribuída ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde fevereiro de 2024. “Nós não somos contra Israel. Somos contra o que o governo Netanyahu está fazendo, que é uma barbaridade”, afirmou Amorim.

A tensão entre os dois países evidencia a deterioração das relações diplomáticas desde que Lula comparou as ações militares de Israel em Gaza ao Holocausto — declaração que gerou forte repúdio do governo israelense e marcou um ponto de inflexão no diálogo bilateral.

Com o aumento das vítimas civis, incluindo jornalistas, e o isolamento diplomático de Israel frente a vários países latino-americanos, cresce a pressão internacional por um cessar-fogo imediato e por investigações independentes sobre possíveis crimes de guerra cometidos durante o conflito.

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