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Aos 19 anos, Hugo Santana carrega consigo uma trajetória que vai muito além das quatro linhas. Natural de Pojuca, no interior da Bahia, ele chegou ao Esporte Clube Vitória aos 10 anos e, desde então, constrói uma caminhada marcada por sacrifícios, amadurecimento precoce e determinação inabalável. Hoje, como meio-campista promissor, já deu seus primeiros passos no futebol profissional, após passagem pelo Itabuna na Série D de 2024.

A infância foi marcada pelos “golzinhos” na rua e pelo início em uma escolinha local, ainda aos seis anos. A transição para a base do Vitória começou dois anos depois, com destaque em competições e peneiras, até ser chamado para integrar oficialmente o clube. O que parecia sonho virou rotina puxada: até os 13 anos, Hugo viajava com o pai até Salvador várias vezes por semana para treinar.

Aos 13, precisou deixar Pojuca para morar com tios na capital. Um ano depois, passou a viver no alojamento do clube. Entre treinos, estudos e adaptação à nova realidade, encontrou nas conversas com o pai e na fé os pilares para seguir em frente.

“Foi muito difícil sair da minha zona de conforto. Mas eu tinha um objetivo claro, e isso fez com que as dificuldades não me paralisassem”, relembra.

A rotina na base era intensa e exigia equilíbrio entre campo e sala de aula — algo que o clube incentivava. Hoje, Hugo cursa Educação Física e defende que o estudo é essencial para além da bola: “A carreira no futebol é curta. Depois dela, a gente precisa estar preparado”.

Em 2024, teve a primeira experiência no futebol profissional ao integrar o elenco do Itabuna, que disputava a Série D do Brasileirão com parceria do Vitória. Participou de oito jogos, vivenciando de perto a diferença entre a base e o profissional. “A velocidade do jogo, o entendimento tático dos adversários e o ambiente mais exigente me ensinaram muito”, relata.

Dentro de campo, Hugo atua como segundo volante ou meia, sendo um jogador moderno, versátil, com boa leitura de jogo e chegada ao ataque. Inspira-se em craques como Cristiano Ronaldo, Özil e Vitinha para evoluir constantemente.

Apesar dos altos e baixos — como a recente lesão no joelho que o afastou por seis meses —, Hugo jamais pensou em desistir por completo. O sonho segue vivo: ser jogador profissional e, sobretudo, retribuir aos pais tudo que fizeram por ele.

“Meu maior desejo é reformar a casa deles, dar uma vida melhor, com conforto e liberdade. Tudo o que faço tem esse propósito”, conclui, com a maturidade de quem transformou sacrifício em força e esperança em caminho.

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