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Um relatório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou o impacto dramático do consumo de álcool na saúde pública e na economia brasileira. Segundo o estudo, cerca de 10.400 mortes por ano poderiam ser evitadas se a população reduzisse o consumo de bebidas alcoólicas em apenas 20% — o equivalente a uma vida salva por hora no país.

Além do custo humano, o levantamento destaca as consequências econômicas: essa redução seria suficiente para evitar perdas de R$ 2,1 bilhões em produtividade, valor associado às mortes prematuras causadas direta ou indiretamente pelo álcool.

Mesmo com uma diminuição mais modesta, de apenas 10% no consumo, os efeitos já seriam expressivos: 4.600 vidas poupadas anualmente e uma economia de R$ 1 bilhão. Os dados reforçam o papel central do álcool como fator de risco para doenças crônicas, acidentes e violência, além de seu peso no sistema de saúde e no mercado de trabalho.

A Fiocruz defende que os resultados do estudo sirvam como base para políticas públicas mais eficazes de prevenção e controle do consumo de álcool no Brasil. Entre as possíveis medidas estão o aumento de impostos sobre bebidas alcoólicas, restrições à publicidade, campanhas de conscientização e maior regulação da venda.

O relatório alerta que, apesar de amplamente aceito socialmente, o álcool continua sendo um dos principais responsáveis por mortes evitáveis no país — e sua redução, ainda que parcial, poderia ter um impacto imediato na saúde da população e na economia nacional.

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