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Regiões tradicionalmente frias do norte do país, como Galícia e Astúrias, estão entre as mais afetadas; idosos e mulheres são maioria entre as vítimas.

O Ministério do Meio Ambiente da Espanha divulgou nesta segunda-feira (15) um dado alarmante: 1.180 pessoas morreram nos últimos dois meses em decorrência direta das altas temperaturas que atingem o país. A maioria das vítimas era composta por idosos com mais de 65 anos, e mais da metade eram mulheres, segundo o relatório oficial.

As regiões mais afetadas estão localizadas no norte da Espanha, tradicionalmente conhecidas por seu clima mais ameno. Galícia, La Rioja, Astúrias e Cantábria registraram o maior número de óbitos relacionados ao calor, o que evidencia uma mudança drástica nos padrões climáticos da região. As temperaturas, que historicamente são mais baixas nesses locais, vêm apresentando elevações consistentes nos últimos anos.

A nova estatística reforça a tendência de agravamento dos impactos da crise climática na saúde pública. No verão europeu do ano passado, o Instituto de Saúde Carlos 3º atribuiu 2.191 mortes ao calor em todo o território espanhol — número que pode ser superado em 2025, caso as temperaturas continuem subindo nas próximas semanas.

Autoridades ambientais alertam que os sistemas de saúde precisam se adaptar rapidamente à nova realidade imposta pelo aquecimento global. “Estamos enfrentando ondas de calor mais longas, intensas e frequentes. Isso tem efeitos devastadores sobre a população mais vulnerável, especialmente os idosos”, afirmou um porta-voz do ministério.

O governo espanhol também reforçou a importância de políticas públicas voltadas à mitigação da mudança climática e à proteção de grupos de risco. Campanhas de conscientização, ampliação do acesso à climatização e programas de monitoramento em tempo real fazem parte das medidas anunciadas para enfrentar a emergência térmica.

Especialistas em climatologia e saúde pública alertam que o padrão observado na Espanha pode se repetir em outros países da Europa nos próximos anos, caso não haja uma ação coordenada e global para conter o avanço das emissões de gases de efeito estufa.

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