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Após 24 anos de militância no PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, oficializou nesta sexta-feira (10) sua saída do partido e assinou a ficha de filiação ao PSD, em cerimônia realizada em São Paulo com a presença do presidente da legenda, Gilberto Kassab. A mudança marca um reposicionamento político importante no cenário nacional e é vista como mais um reflexo da crise de identidade enfrentada pelos tucanos nos últimos anos.

Leite justificou sua decisão com críticas diretas à recente fusão entre o PSDB e o Podemos, aprovada pela executiva nacional no último dia 29. “O partido como foi concebido deixou de existir”, declarou o governador, destacando que a legenda perdeu sua coerência programática e o papel que historicamente desempenhou no campo do centrismo liberal e da social-democracia brasileira.

A filiação ao PSD ocorre em meio à articulação de Kassab para fortalecer a sigla como uma alternativa de centro com potencial eleitoral competitivo para 2026. Leite, que chegou a disputar as prévias do PSDB para a Presidência da República em 2022, é visto como um nome com projeção nacional e capacidade de diálogo entre diferentes correntes políticas.

Com a saída de Eduardo Leite, o PSDB perde uma de suas principais lideranças remanescentes, aprofundando a fragmentação interna e o esvaziamento que vêm marcando a trajetória recente do partido, que já governou o Brasil por dois mandatos consecutivos (1995–2002) e hoje vê seus quadros históricos se dispersarem por novas legendas.

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