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A três meses das eleições municipais, os embates prováveis vão ficando mais claros, assim como o perfil das candidaturas, que vem sendo forjado pelas alianças políticas e partidárias, com suas composições às vezes até contraditórias. A diferença do pleito de 2024 é a polarização política já enraizada entre Lula e o PT de um lado, e Jair Bolsonaro do outro.

Há quatro anos, a gestão caótica da pandemia do coronavírus cobrou um preço alto de Bolsonaro, que colecionou fracassos nas candidaturas que apoiou. Dos 13 postulantes a prefeito que ele endossou, apenas 2 se elegeram. Agora, o bolsonarismo está consolidado como uma força política nacional e o ex-presidente está novamente no papel de fiador de campanhas, algumas peso-pesado, como é o caso de São Paulo.

Hoje, Bolsonaro está no PL, maior agremiação do Congresso, e, portanto, com a maior fatia do fundo eleitoral, quase R$ 900 milhões para garantir vitórias. Em 2020, a crise da Covid-19 enfraqueceu Bolsonaro como cabo eleitoral. Hoje, a dúvida é se os indiciamentos, como este mais recente do caso das joias sauditas, e o envolvimento nos processos da tentativa de golpe de Estado, afetam ou não a capacidade dele de decidir, influenciar e ganhar prefeituras pelo Brasil.

O bolsonarismo, consolidado e com recursos significativos, encara um cenário político complexo, com a polarização entre Lula e Bolsonaro moldando as alianças e estratégias eleitorais. As eleições municipais de 2024 serão um teste crucial para medir a influência e a capacidade de mobilização do ex-presidente no panorama político nacional.

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