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A Comissão Externa criada pela Câmara dos Deputados para acompanhar as investigações relacionadas ao trágico acidente do ATR-72 da Voepass se reunirá pela primeira vez na próxima terça-feira (27). A queda do voo 2283, que vitimou 62 pessoas no dia 9 de agosto em Vinhedo, São Paulo, motivou a formação do colegiado, que visa acompanhar de perto os desdobramentos da investigação e propor melhorias nas normas de segurança aérea.

O deputado federal Bruno Ganem (Podemos-SP), coordenador da comissão, apresentou sete requerimentos para a primeira reunião do grupo. Entre as propostas, destaca-se a solicitação para uma inspeção técnica na oficina de manutenção da Voepass em Ribeirão Preto (SP). A inspeção visa verificar se as práticas de manutenção da companhia estão em conformidade com as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e regulamentos internacionais. O objetivo é analisar detalhadamente os procedimentos operacionais, a qualificação dos técnicos, a gestão de peças e a execução dos protocolos de manutenção.

Além da inspeção, os requerimentos incluem convites para que diversas autoridades e especialistas compareçam à comissão, embora a presença não seja obrigatória. Entre os convidados estão: José Luiz Felício Filho, presidente da Voepass Linhas Aéreas; Eduardo Busch, diretor-executivo da empresa; o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), Brigadeiro do Ar Marcelo Moreno; o diretor do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, Carlos Eduardo Palhares Machado; e o delegado da Polícia Federal, Caio Bortone Ramos Ribeiro. Também foram convocados representantes do Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil da França e do Conselho de Segurança nos Transportes do Canadá.

Os integrantes da comissão também deverão analisar e votar um plano de trabalho no encontro inicial. A comissão foi estabelecida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na terça-feira (20), e será composta por 37 deputados. O relator da comissão será o deputado Nelson Padovani (União-PR). O grupo terá a responsabilidade de acompanhar as investigações do acidente e sugerir melhorias nas normas de segurança aérea, visando atualizar regulamentações e prevenir futuros acidentes.

As investigações sobre o acidente, que envolvem a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Polícia Federal, passarão por várias etapas, incluindo perícias e a elaboração de relatórios. O processo investigativo é complexo e pode levar meses para ser concluído, com a avaliação das causas e responsabilidades do acidente.

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