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Em 2023, o Brasil alcançou uma redução histórica de 12% nas emissões de gases de efeito estufa, atingindo 2,3 bilhões de toneladas de CO₂ e outros gases poluentes. Esse é o maior índice de queda percentual registrado no país nos últimos 15 anos, desde 2009, quando ocorreu a maior redução da série histórica iniciada em 1990. Os dados, divulgados pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima, refletem uma mudança significativa na trajetória de emissões do país, com destaque para a redução do desmatamento na Amazônia, que teve um papel central nesse resultado positivo.

O Brasil, que ainda ocupa a posição de quinto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo — representando 3,1% das emissões globais —, viu suas emissões cair consideravelmente após anos de alta, especialmente durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando as taxas de desmatamento e emissões atingiram níveis elevados. A principal causa da redução das emissões foi a diminuição do desmatamento na Amazônia, que, entre agosto de 2023 e julho de 2024, teve uma queda de 30,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Foram desmatados 6.288 km² de floresta na Amazônia durante esse período, uma queda significativa em relação aos 9.064 km² registrados no ano anterior. Este é o melhor resultado em termos de desmatamento na região em nove anos, e o número é consideravelmente menor do que os picos alcançados em 2020 e 2021, quando a perda de área florestal chegou a 13.038 km².

O impacto do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu o cargo em 2023, é evidente, já que as políticas ambientais adotadas nas primeiras ações de seu mandato focaram fortemente no combate ao desmatamento ilegal e na promoção da preservação ambiental. O estado de Rondônia teve a maior queda no desmatamento, com uma redução de 62,5% na área desmatada, seguido de Mato Grosso, com 45,1% de diminuição. Outros estados como Amazonas e Pará também registraram quedas expressivas no desmatamento, de 29% e 28,4%, respectivamente.

Além disso, o Cerrado, outro bioma brasileiro, também apresentou uma redução importante no desmatamento após cinco anos de aumento. A área desmatada caiu 25,7%, resultando na perda de 8.174 km² de vegetação, um reflexo das políticas de controle mais rígidas no combate ao desmatamento.

Esses números são indicativos de uma mudança importante no compromisso do Brasil com as mudanças climáticas e a preservação ambiental, principalmente pela redução das emissões provenientes do desmatamento, que historicamente foram uma das maiores fontes de emissão de gases de efeito estufa no país. No entanto, apesar dos avanços, o Brasil ainda precisa seguir com esforços contínuos para atingir metas de redução de emissões estabelecidas no Acordo de Paris e fortalecer políticas públicas que garantam a proteção da Amazônia e outros biomas vitais para o equilíbrio climático global.

O Brasil segue como um dos principais emissores de gases do efeito estufa no mundo, atrás apenas de países como China, Estados Unidos, Índia e Rússia. A redução das emissões e do desmatamento, no entanto, representa um passo crucial para a mudança do cenário e para o cumprimento das obrigações ambientais internacionais, além de reforçar o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente.

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