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Nesta quarta-feira, os prefeitos eleitos em outubro tomaram posse, e o clima nas três maiores cidades do Brasil não poderia ser mais distinto. A cerimônia na Câmara dos Vereadores de São Paulo foi marcada por um clima de campanha antecipada para as eleições de 2026. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), reeleito para a gestão da maior cidade do país, foi empossado em um ambiente que rapidamente se desviou do caráter local da ocasião. Nunes, em seu discurso, fez questão de agradecer ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela indicação de seu vice, o ex-coronel da PM Ricardo Mello Araújo, e se posicionou contra um eventual apoio do MDB à reeleição do presidente Lula em 2026. Para Nunes, o partido deveria se alinhar a um candidato conservador.

No Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) assumiu um inédito quarto mandato como prefeito da cidade. Paes iniciou sua gestão com a assinatura de 46 decretos, incluindo um que aborda a criação de uma Força Municipal de Segurança. Embora a segurança pública seja uma competência estadual, o tema foi um dos mais debatidos durante sua campanha, especialmente após a vitória de Alexandre Ramagem (PL) no primeiro turno. Paes também anunciou estudos para a implementação do Semaglutida, uma versão genérica do Ozempic, voltado para o tratamento da diabetes e obesidade, com um estudo a ser concluído em 90 dias.

Já em Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), reeleito prefeito, assumiu de forma remota, em virtude de recomendações médicas após tratamento contra câncer linfático. O vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil) fez o discurso de posse na Câmara dos Vereadores em nome de Noman, que se recupera da doença desde antes da campanha de 2024.

Segundo o comentarista Tales Faria, as posses dos prefeitos marcam o início da campanha eleitoral para 2026, com muitos desses prefeitos já de olho em uma candidatura futura. Eduardo Paes, por exemplo, ao focar em questões como segurança pública, está se posicionando em temas que vão além da esfera municipal. Faria também destaca que prefeitos de cidades do Nordeste, como João Campos (Recife), JHC (Maceió) e Eduardo Braide (São Luís), já estão atentos às próximas eleições, refletindo a tendência crescente de antecipação da campanha de 2026.

A posse dos prefeitos, portanto, não apenas marcou o início de novas gestões, mas também lançou as bases para um ciclo eleitoral que promete ser competitivo, com várias lideranças municipais mirando os desafios políticos nacionais que virão nas eleições de 2026.

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