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Israel amplia ofensiva em Gaza após morte de 85 palestinos em busca por alimentos

Deir al-Balah — Um dia após 85 palestinos terem sido mortos por forças israelenses enquanto tentavam obter comida em Gaza, Israel lançou uma nova ofensiva militar na região central do enclave, intensificando bombardeios e avançando com tropas terrestres sobre Deir al-Balah — considerada a principal base de distribuição de ajuda humanitária e uma das poucas áreas ainda funcionalmente habitáveis no território devastado.

Segundo o Exército de Israel, a operação tem como objetivo localizar e resgatar os reféns ainda em poder do Hamas, organização considerada terrorista por Tel Aviv. Estima-se que, dos 50 reféns restantes, apenas cerca de 20 ainda estejam vivos. Fontes militares afirmam que a ofensiva é baseada em “informações de inteligência atualizadas”, embora grupos humanitários e autoridades locais alertem para o agravamento do colapso humanitário com os novos ataques.

A ação ocorre em meio à crescente pressão internacional e denúncias de que civis palestinos continuam sendo alvos mesmo durante tentativas desesperadas de obter comida. O massacre ocorrido no dia anterior — quando dezenas foram mortos ao se aglomerarem em busca de mantimentos — provocou condenação global, mas não freou a nova escalada militar.

Deir al-Balah, localizada no centro da Faixa de Gaza, tornou-se nos últimos meses um ponto crucial para a sobrevivência da população civil. Organizações como a ONU e a Cruz Vermelha mantinham operações de distribuição de alimentos e assistência médica na região, que agora está sob risco iminente de colapso total.

A ofensiva se insere no contexto de uma guerra que já deixou milhares de mortos, milhões de deslocados e um sistema humanitário à beira do colapso. Grupos de direitos humanos acusam Israel de ignorar princípios básicos do direito internacional ao atacar deliberadamente áreas civis e centros humanitários.

Enquanto o governo israelense insiste na legitimidade de sua ação para combater o Hamas e recuperar os reféns, cresce o temor de que a destruição de Deir al-Balah represente o fim das últimas possibilidades de assistência aos civis palestinos presos em Gaza.

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