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O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou nesta segunda-feira (1º) que os recentes ataques dos Estados Unidos contra o programa nuclear iraniano não resultaram em destruição total da infraestrutura do país, contrariando declarações do ex-presidente Donald Trump.

Trump havia dito que os bombardeios “obliteraram completamente” o programa nuclear do Irã, mas, segundo Grossi, o país ainda mantém sua capacidade industrial e tecnológica, podendo retomar o enriquecimento de urânio em questão de meses, caso decida fazê-lo. A afirmação corrobora relatórios preliminares do Pentágono e levanta preocupações sobre uma possível retomada do programa nuclear iraniano.

De acordo com informações de inteligência compartilhadas com a AIEA, o Irã teria antecipado parte dos bombardeios e transferido material enriquecido para locais não atingidos, o que impediu perdas significativas. Grossi alertou que a situação ainda exige atenção da comunidade internacional. “A infraestrutura crítica foi danificada, mas não eliminada. A capacidade de resposta iraniana permanece intacta em muitos aspectos”, declarou.

O Irã ainda não respondeu oficialmente às declarações da AIEA, mas fontes do governo de Teerã indicam que o país mantém o compromisso com o acordo nuclear firmado em 2015, do qual os EUA se retiraram durante a gestão Trump. Analistas políticos avaliam que a fala de Grossi enfraquece a narrativa de força usada por Trump, principalmente no contexto da campanha eleitoral nos Estados Unidos.

A AIEA seguirá monitorando o programa iraniano com inspeções e análises técnicas nos próximos meses, para avaliar o grau de atividade nas instalações nucleares. Enquanto isso, diplomatas internacionais defendem a retomada do diálogo para evitar uma nova escalada de tensões no Oriente Médio.

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