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Líderes partidários e deputados dos grupos de trabalho sobre a regulamentação da reforma tributária realizarão nesta terça-feira (9) uma série de reuniões para discutir a proposta. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comprometeu-se a votar o projeto ainda esta semana. No entanto, bancadas partidárias e temáticas ainda pleiteiam ajustes na reta final das negociações.

Lira se reunirá com líderes partidários no início da tarde desta terça para debater temas que ainda geram divergências, como a isenção total de tributos sobre carnes e outras proteínas animais, a incidência do Imposto Seletivo sobre armas de fogo e a ampliação do cashback. “Vamos analisar com o colégio de líderes as demandas que eles apresentaram, que têm impacto na alíquota geral, e a partir daí tomaremos decisões”, afirmou o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), integrante de um dos grupos de trabalho da regulamentação.

Os parlamentares pretendem votar o texto antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho. Na segunda-feira, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o governo espera a votação dos dois projetos de regulamentação tributária até o dia 17 de julho. Padilha se reuniu com os deputados do grupo de trabalho na segunda-feira e também com o secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, e com Lira.

Segundo deputados ouvidos pela CNN, há um “acordão” geral para aprovar o texto de forma rápida, conforme a vontade do governo e de Lira, mas os congressistas ainda buscam o caminho de maior consenso. Eventuais mudanças no texto deverão ser feitas no plenário. Até a noite de segunda-feira (8), a proposta já tinha 18 emendas sugeridas.

O texto trata do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência de estados e municípios, da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que é federal, e do Imposto Seletivo (IS). Os novos tributos foram criados pela reforma para substituir cinco impostos atualmente cobrados. O projeto tramita com urgência constitucional, solicitada pelo Executivo, o que acelera a análise do texto.

Negociações

A inclusão de carnes na lista de itens da cesta básica isentos de impostos é pleiteada pela bancada ruralista, a maior do Congresso. Já a taxação de armas de fogo com o Imposto Seletivo, também chamado de “imposto do pecado”, é defendida por deputados petistas. A Frente Parlamentar da Segurança Pública articula para que a medida não seja inserida no texto.

Sobre o segundo projeto de regulamentação da reforma, que trata do Comitê Gestor do IBS, o relator, deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), afirmou à CNN que terá nesta terça uma reunião com líderes da base de apoio do governo. O relatório do grupo de trabalho sobre esse projeto foi apresentado na segunda-feira (8). O texto trouxe inovações como a reserva de vagas para mulheres na Diretoria Executiva do Comitê Gestor; a inclusão de contribuição na última instância de julgamentos; e a cobrança sobre herança em previdência privada.

Além do ministro Alexandre Padilha, deputados integrantes do grupo de trabalho do projeto sobre o Comitê Gestor acreditam que o texto também pode ser votado nesta semana, antes do recesso parlamentar.

 

 

 

Fonte: CNN Brasil

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