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O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira que a França reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina em setembro, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas. Com isso, a França se tornará o primeiro país do G7 a dar esse passo histórico, aumentando a pressão internacional por uma solução diplomática ao conflito no Oriente Médio.

Em publicação feita na plataforma X (antigo Twitter), Macron pediu um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, a entrada de ajuda humanitária urgente e a desmilitarização do Hamas. “Chegou a hora de uma solução política duradoura. O reconhecimento do Estado palestino é uma etapa indispensável rumo à paz”, escreveu o presidente francês.

A decisão foi recebida com entusiasmo por diversos países do Sul Global e por organizações internacionais, mas provocou forte reação do governo israelense. Em nota oficial, Tel Aviv classificou a medida como “prematura, unilateral e prejudicial ao combate contra o terrorismo”, e acusou Macron de enfraquecer os esforços internacionais de segurança na região.

O anúncio ocorre em um momento de agravamento da crise humanitária em Gaza. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Unicef, as mortes de crianças por desnutrição aumentaram 54% desde maio. A entidade alerta para o colapso iminente do sistema de saúde e abastecimento alimentar no território palestino, bloqueado por Israel desde o início da nova escalada do conflito.

Diplomatas franceses indicam que o reconhecimento virá acompanhado de um pacote de medidas políticas e humanitárias, com foco na reconstrução da Faixa de Gaza, no apoio a instituições civis palestinas e na articulação de um novo processo de paz multilateral, envolvendo potências regionais e membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

Macron, que tem buscado uma posição mais autônoma da política externa dos Estados Unidos, aposta no protagonismo europeu para influenciar a resolução de conflitos globais. “A França reafirma seu compromisso com o direito internacional, a justiça e a dignidade dos povos”, declarou o Palácio do Eliseu.

A medida deve reconfigurar o debate diplomático no G7 e na própria ONU, onde cresce o movimento pelo reconhecimento formal do Estado palestino, em meio a críticas ao bloqueio prolongado e às ações militares israelenses. Analistas avaliam que a decisão francesa pode abrir caminho para que outros países europeus, como Espanha e Irlanda, sigam o mesmo caminho nos próximos meses.

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