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O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (2), por 51 votos a 50, o polêmico pacote fiscal do presidente Donald Trump, batizado de “Big, Beautiful Bill”. O voto de minerva foi dado pela vice-presidente Kamala Harris, em mais um capítulo de acirrada disputa entre democratas e republicanos no Congresso. O projeto agora segue para apreciação na Câmara dos Representantes, onde os republicanos têm uma estreita maioria (220 a 212) e enfrentam divisões internas.

A proposta prorroga os cortes de impostos implementados no primeiro mandato de Trump, reduz recursos para programas sociais e aumenta os gastos com defesa e segurança de fronteira. Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), o pacote pode elevar o déficit fiscal dos EUA em US$ 3,3 trilhões na próxima década.

Apesar da vitória no Senado, três senadores republicanos votaram contra o projeto, alinhando-se aos democratas em críticas ao impacto fiscal da proposta. O clima na Câmara promete ser igualmente tenso, com parte da bancada conservadora exigindo alterações no texto antes da aprovação final.

Trump ameaça Elon Musk
Paralelamente à tramitação do pacote, Trump aumentou a temperatura da disputa com o bilionário Elon Musk, que tem criticado publicamente o projeto fiscal. Em publicação na rede Truth Social, o presidente ameaçou retirar subsídios concedidos às empresas do empresário. “Elon recebeu mais subsídios que qualquer ser humano na história, de longe. Sem subsídios, Elon provavelmente terá que fechar seus negócios e voltar para casa, na África do Sul”, escreveu Trump.

As declarações inflamaram o ambiente político em Washington e colocam em risco a relação entre o governo e um dos principais nomes da indústria de tecnologia dos EUA. Musk, dono da Tesla, SpaceX e outras empresas estratégicas, ainda não respondeu oficialmente à provocação.

O desfecho na Câmara deve ocorrer ainda nesta semana e pode representar uma vitória decisiva — ou um revés significativo — para os planos econômicos de Trump em ano eleitoral.

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