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A possibilidade de um novo cessar-fogo entre Israel e o Hamas parece definitivamente enterrada. Horas após o gabinete de guerra de Israel aprovar por unanimidade um plano de “conquista total” da Faixa de Gaza, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou que a população palestina será realocada do território “para sua própria segurança”, sinalizando uma escalada militar sem precedentes desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023.

Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Netanyahu afirmou que a nova fase da guerra não se limitará a operações pontuais. “Estamos chamando reservistas. Não vamos entrar e sair do território e fazer incursões depois. A intenção é o contrário”, escreveu, indicando uma ocupação mais prolongada ou definitiva de Gaza.

Segundo fontes do governo israelense, a ofensiva será lançada antes da visita do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, prevista para a próxima semana. O gesto é interpretado como uma tentativa de demonstrar força e alinhamento estratégico em meio à polarização crescente do cenário geopolítico.

Enquanto isso, a situação humanitária na Faixa de Gaza se deteriora rapidamente. Há mais de dois meses, Israel bloqueia a entrada de ajuda humanitária, sob a alegação de que o território já teria recebido suprimentos suficientes durante os 60 dias de cessar-fogo anteriores. No entanto, o Programa Alimentar Mundial da ONU informou no final de abril que todos os estoques disponíveis de alimentos no enclave já foram distribuídos, deixando centenas de milhares de pessoas à beira da fome.

A combinação de cerco militar, escassez de recursos e deslocamentos forçados levanta preocupações sobre violações de direitos humanos e possíveis crimes de guerra. Organizações internacionais alertam que a população civil de Gaza está sendo colocada sob um risco extremo, com hospitais colapsados, falta de água potável e aumento vertiginoso de doenças infecciosas.

A comunidade internacional acompanha com apreensão a escalada, mas até o momento não há sinais de uma mediação eficaz capaz de interromper o curso dos acontecimentos. A expectativa agora recai sobre o posicionamento oficial dos Estados Unidos e seus aliados diante do novo avanço israelense.

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