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A Casa Branca reagiu com veemência à informação de que a Amazon estaria considerando exibir em seu site o custo das tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump ao lado do preço final dos produtos. A medida, que visaria esclarecer o impacto das políticas comerciais nos valores ao consumidor, foi classificada pela secretária de imprensa Karoline Leavitt como “um ato hostil e político”.

“Por que a Amazon não fez isso quando o governo Biden elevou a inflação ao nível mais alto em 40 anos?”, questionou Leavitt, durante coletiva. “Esta é outra razão pela qual os americanos devem comprar produtos americanos”, completou, em tom crítico à postura da gigante do varejo digital.

A polêmica ganhou força após reportagem do Punchbowl News revelar os supostos planos da Amazon, motivados, segundo fontes internas, pela intenção de não arcar sozinha com o desgaste provocado pela guerra comercial travada pela Casa Branca. A empresa, no entanto, negou publicamente que vá adotar a medida.

A iniciativa, se confirmada, não seria inédita. Plataformas chinesas como a Shein e a Temu já passaram a destacar os custos adicionais aplicados por tarifas. A Temu, inclusive, passou a informar explicitamente o valor da “taxa de importação”, que pode representar um acréscimo de até 145% no preço de certos produtos.

O cenário se desenrola em meio aos primeiros 100 dias do segundo mandato de Donald Trump, que foram marcados por decisões assertivas e polêmicas. Entre as medidas já adotadas, destacam-se o corte de 280 mil empregos federais, a deportação de 139 mil imigrantes e a imposição de uma tarifa de 145% sobre produtos importados da China — dados que ajudam a ilustrar o tom agressivo da nova gestão.

Questionado em entrevista à revista The Atlantic sobre a diferença entre seus dois mandatos, Trump afirmou: “Na primeira vez, eu tinha duas coisas a fazer: governar o país e sobreviver. Na segunda, eu governo o país e o mundo”.

A tensão entre grandes empresas e a Casa Branca promete se intensificar à medida que os impactos das políticas protecionistas forem sentidos diretamente pelo consumidor. Resta saber se outras big techs seguirão o exemplo das asiáticas ou recuarão diante da pressão política.

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