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O Brasil vive um momento de alerta em relação ao sarampo, uma doença viral altamente contagiosa, após o registro de três casos da doença em 2025. Dois deles ocorreram em crianças de São João do Meriti (RJ) e um em uma mulher do Distrito Federal que havia feito uma viagem internacional. Embora todos os pacientes tenham se recuperado e não haja confirmação de transmissão do vírus, o Ministério da Saúde decidiu intensificar a vacinação contra o sarampo, com a liberação de um milhão de doses extras da vacina tríplice viral para o estado do Rio de Janeiro. A medida visa evitar que o Brasil perca novamente o certificado de país livre do sarampo, status recuperado em 2024 após uma série de surtos.

O sarampo foi erradicado no Brasil em 2016, mas devido à baixa cobertura vacinal e à disseminação de desinformação, o país perdeu o status em 2018. Nos últimos anos, no entanto, o cenário tem melhorado. Em 2024, a cobertura vacinal atingiu 95,22% na primeira dose da tríplice viral e 79,73% na segunda, um avanço significativo em relação a anos anteriores. O Ministério da Saúde destacou que os três casos recentes são pontuais e não comprometem a certificação do país, que continua livre da doença, com a ressalva de que o sarampo ainda circula em outras partes do mundo e pode ser introduzido no território nacional.

A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) também forneceu informações sobre o estado: não houve casos confirmados de sarampo em 2024, e até 4 de janeiro de 2025, cinco casos suspeitos foram descartados. A cobertura vacinal na Bahia é uma das mais altas do país, com 98,46% da população tendo recebido a primeira dose da vacina tríplice viral.

Apesar de o Brasil estar em uma boa situação vacinal, a infectologista Sylvia Lemos, do Laboratório Leme — da Rede Dasa, alerta para os riscos da doença. Ela destaca que o sarampo é altamente contagioso e pode se espalhar facilmente em ambientes fechados, sendo que a transmissão pode ocorrer até quatro dias antes e quatro dias depois do aparecimento dos primeiros sintomas. A vacina continua sendo a medida mais eficaz para prevenir a doença, e o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina gratuitamente para crianças de 12 meses a 59 anos.

A vacinação é particularmente importante para crianças e idosos, que estão mais suscetíveis às complicações do sarampo, como pneumonia, otite, encefalite e até morte. Lemos reforça a importância de completar o esquema vacinal para prevenir a doença, especialmente para quem ainda não foi imunizado ou perdeu o cartão de vacinação. Para quem tem entre 1 e 29 anos, é necessário tomar as duas doses da vacina, enquanto aqueles de 30 a 59 anos devem receber apenas uma dose.

O Brasil, após recuperar o certificado de país livre de sarampo em 2024, agora enfrenta o desafio de manter esse status e garantir que surtos da doença não voltem a acontecer. O governo, com o apoio das secretarias estaduais e municipais de saúde, segue empenhado em manter a imunização em alta e prevenir novos casos, com especial atenção às áreas de maior risco, como o Rio de Janeiro.

Em um cenário global onde a cobertura vacinal tem caído, a luta contra o sarampo no Brasil é mais importante do que nunca, exigindo esforço contínuo para evitar a reintrodução do vírus no país.

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