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Estudo aponta que versão genérica de medicamento contra HIV pode reduzir custo anual de US$ 25 mil para até US$ 25

Um estudo publicado na revista científica The Lancet revelou que o lenacapavir, novo medicamento recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a prevenção do HIV, poderia ter uma redução drástica de preço se produzido por laboratórios genéricos. Atualmente comercializado pela biofarmacêutica Gilead por cerca de US$ 25,3 mil por pessoa ao ano, o fármaco poderia custar entre US$ 25 e US$ 47 em versões genéricas — uma diferença de até 99,9%.

O lenacapavir é uma alternativa inovadora para a profilaxia pré-exposição (PrEP), usada por pessoas com alto risco de infecção pelo HIV. Diferentemente das versões tradicionais em comprimidos diários, o medicamento é aplicado por injeção de longa duração, o que aumenta a adesão ao tratamento e reduz o estigma social associado à PrEP.

Além dos benefícios clínicos e sociais, o estudo aponta ganhos ambientais com a adoção do lenacapavir injetável. A mudança para um esquema sem comprimidos diários pode diminuir as emissões de carbono, ao reduzir significativamente a necessidade de transporte e descarte de embalagens.

No entanto, a produção de uma versão genérica enfrenta desafios técnicos, regulatórios e financeiros, incluindo acordos de patentes, necessidade de transferência de tecnologia e certificações internacionais. Ainda assim, pesquisadores defendem que a pressão por acesso ampliado e a inclusão do medicamento nas estratégias globais de prevenção são urgentes, especialmente em países de baixa e média renda.

A possível democratização do lenacapavir genérico representa não apenas um avanço científico, mas também uma oportunidade histórica de redefinir a resposta global ao HIV, unindo inovação, equidade e sustentabilidade.

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