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Em uma reviravolta de última hora, o governo de Donald Trump recuou em sua ameaça de impor tarifas de 25% sobre o México e o Canadá, em um movimento que gerou reações no mercado e entre as autoridades comerciais. O presidente americano assinou uma ordem executiva que estende a isenção de tarifas para bens que atendem às regras do acordo de livre comércio de 2020 com os dois países vizinhos, concedendo mais um mês de alívio. A decisão seguiu intensas conversas com a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, e negociações entre representantes canadenses e o governo de Trump.

Na quarta-feira, o republicano já havia anunciado que as montadoras incluídas no acordo seriam isentas da nova tarifa até 2 de abril. Apesar da notícia, os principais índices de Wall Street reagiram negativamente, com uma queda nos mercados financeiros. Howard Lutnick, secretário de Comércio de Trump, minimizou os efeitos das flutuações no mercado, argumentando que essas variações não afetariam as políticas comerciais dos EUA.

A nova medida de Washington foi anunciada poucas horas após a divulgação de dados mostrando um aumento no déficit comercial dos EUA, que subiu de US$ 98,1 bilhões em dezembro para um recorde de US$ 131,4 bilhões em janeiro. O crescente déficit coloca mais pressão sobre a administração Trump, que tenta equilibrar sua política de tarifas com a realidade econômica do país.

Enquanto isso, em resposta à ameaça de tarifas, várias províncias canadenses começaram a retirar produtos americanos das prateleiras, incluindo bebidas alcoólicas. Lawson Whiting, CEO da Brown-Forman, fabricante do whisky Jack Daniel’s, criticou a reação do Canadá, considerando-a “desproporcional”. Ele afirmou que o boicote estava prejudicando ainda mais as vendas dos produtos americanos no país, comparando a medida a uma tarifa ainda mais prejudicial, pois “está literalmente acabando com as vendas”, removendo os produtos das prateleiras das lojas.

O impasse entre os três países reflete a continuidade da guerra comercial iniciada por Trump, onde as tarifas e retaliações se tornaram um dos principais pontos de atrito nas relações econômicas norte-americanas.

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