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No quinto dia do conflito entre Irã e Israel, os Estados Unidos podem estar se aproximando perigosamente de uma participação direta na guerra. Ontem (16), o presidente norte-americano Donald Trump adotou um tom ainda mais agressivo ao declarar que espera uma rendição incondicional do Irã. Em pronunciamento, afirmou que sabe onde está escondido o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, mas que, por ora, não pretende assassiná-lo.

A fala, de conteúdo altamente explosivo, marca uma mudança no comportamento do presidente dos EUA, que até então mantinha uma postura ambígua diante do conflito. Fontes próximas à Casa Branca indicam que Trump tem enfrentado forte pressão de Israel, cujo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, insiste para que Washington use armamentos capazes de destruir completamente as instalações nucleares iranianas.

Congresso em alerta

A possibilidade de uma entrada formal dos EUA na guerra tem alarmado o Congresso americano, onde parlamentares democratas — e até parte da bancada republicana — se mobilizam para impedir uma decisão unilateral de Trump. Segundo eles, o presidente não pode declarar guerra ao Irã sem aprovação legislativa.

Embora Trump detenha maioria tanto na Câmara quanto no Senado, há sinais de dissidência interna em seu próprio partido. Um pequeno grupo de republicanos se uniu aos democratas para exigir que qualquer decisão sobre o envio de tropas ou ataque militar seja submetida ao voto do Congresso, conforme determina a Constituição.

Tensão no Estreito de Ormuz

A escalada militar na região também provocou incidentes logísticos. Dois petroleiros colidiram ontem nas proximidades do Estreito de Ormuz, um dos pontos mais estratégicos do comércio global de petróleo, responsável pelo transporte diário de cerca de 20 milhões de barris.

As autoridades marítimas afirmaram que os navios perderam seus sistemas de navegação via satélite, uma falha que já havia sido prevista por especialistas como possível resultado de interferência eletrônica decorrente da guerra. O acidente acende o alerta para o risco de um colapso no tráfego marítimo e no fornecimento global de petróleo caso o conflito se amplie.

Cresce o temor de guerra total

Diplomatas internacionais veem com preocupação a combinação de ameaças diretas, instabilidade regional e colisões comerciais no Golfo Pérsico. Com o Irã sob bombardeio e sinalizando a possibilidade de abandonar o Tratado de Não Proliferação Nuclear, e os EUA à beira de uma ofensiva, cresce o temor de que o Oriente Médio esteja às portas de uma guerra de grandes proporções — com consequências econômicas e geopolíticas globais.

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