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A primeira semana da guerra entre Israel e Irã foi marcada por incertezas quanto à entrada dos Estados Unidos no conflito. O presidente Donald Trump, em meio a sinais ambíguos, anunciou nesta quinta-feira (19) que só tomará uma decisão sobre a participação americana na guerra dentro de duas semanas. O prazo foi bem recebido pela diplomacia europeia, que ainda tenta articular uma saída negociada para a escalada no Oriente Médio.

Desde o início do conflito, Trump tem oscilado entre se distanciar das ações israelenses e preparar o terreno para uma possível ofensiva. Nos últimos dias, chegou a se reunir com o conselho de segurança e fez declarações indicando que os EUA poderiam intervir diretamente. Porém, ontem voltou atrás, afirmando que o momento exige cautela.

Enquanto isso, representantes do Irã, Reino Unido, França e Alemanha têm um encontro marcado para esta sexta-feira em Genebra. O foco das negociações será o programa nuclear iraniano — especialmente o enriquecimento de urânio, que Teerã defende ser voltado exclusivamente para fins energéticos. Trump, por outro lado, já afirmou publicamente que pretende vetar qualquer possibilidade de enriquecimento no Irã, mesmo sob fiscalização internacional.

A entrada dos EUA é considerada decisiva para que Israel consiga atingir seu objetivo principal: destruir completamente as instalações nucleares iranianas, localizadas a mais de 100 metros de profundidade sob uma montanha. Apenas os Estados Unidos possuem armamentos com potencial de causar danos significativos a essa estrutura, mas até mesmo especialistas militares admitem que o sucesso da missão não é garantido.

Nos Estados Unidos, o apoio popular a uma nova guerra mostra sinais de retração. Pesquisa divulgada pelo Washington Post revelou que 45% dos americanos se opõem a uma ofensiva contra o Irã, enquanto 30% estão indecisos. Apenas 25% apoiam uma ação militar direta.

Enquanto o impasse político e diplomático se prolonga, a crise humanitária se intensifica em Gaza. Nos últimos sete dias, mais de cem palestinos foram mortos por soldados israelenses enquanto tentavam acessar centros de distribuição de alimentos. Somente ontem, 15 pessoas morreram e outras 60 ficaram feridas em novas ações nas zonas de ajuda humanitária.

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