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A invasão da Ucrânia pela Rússia completou três anos ontem, em meio a crescentes divergências entre os Estados Unidos e a Europa sobre o conflito e seus desdobramentos. O presidente americano, Donald Trump, recebeu seu colega francês, Emmanuel Macron, na Casa Branca, onde, apesar de gestos cordiais, ficaram evidentes as diferenças na abordagem sobre a guerra.

Enquanto Macron reafirmou a necessidade de uma paz que preserve a soberania ucraniana e descartou qualquer solução que envolva rendição ou um cessar-fogo sem garantias, Trump evitou se posicionar claramente. O republicano também recusou-se a chamar Vladimir Putin de ditador e alegou, erroneamente, que os EUA gastaram três vezes mais do que a Europa na guerra.

Durante o encontro, Trump mencionou a possibilidade de viajar a Moscou nas próximas semanas, caso um acordo de paz seja alcançado, o que faria dele o primeiro presidente americano a visitar a Rússia em mais de uma década.

Zelensky busca apoio e acordo com Washington

Enquanto isso, em Kiev, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky recebeu líderes europeus para marcar o terceiro ano de guerra. Notavelmente, autoridades americanas de alto escalão não compareceram, refletindo o distanciamento da nova administração dos EUA em relação à Ucrânia.

Mesmo diante das declarações polêmicas de Trump, que chamou Zelensky de “ditador” e o responsabilizou pelo início do conflito, Kiev afirmou que está em negociações avançadas com Washington para um acordo que forneceria acesso americano às riquezas minerais do país. Zelensky expressou esperança de que a guerra possa terminar ainda este ano, ressaltando que a adesão da Ucrânia à União Europeia e à OTAN seria um passo fundamental para garantir sua segurança.

Putin estaria aberto a forças de paz europeias

Trump também declarou que Putin estaria disposto a aceitar a presença de forças de manutenção da paz europeias na Ucrânia, algo que, se confirmado, marcaria uma grande mudança na posição russa. Até então, Moscou vinha classificando qualquer presença estrangeira no conflito como uma escalada inaceitável.

As declarações de Trump e sua possível visita a Moscou aumentam as incertezas sobre o papel dos EUA na guerra e indicam uma reconfiguração das relações geopolíticas em um momento decisivo para o futuro da Ucrânia.

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