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Durou pouco a trégua firmada entre as duas maiores facções criminosas do Brasil — o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). A aliança, selada em fevereiro após quase uma década de confrontos, foi oficialmente rompida, segundo informações do Ministério Público de São Paulo (MPSP), que teve acesso a comunicados recentes emitidos por ambas as organizações.

O pacto, que visava conter o derramamento de sangue na fronteira com o Paraguai e dentro de presídios brasileiros, reduzir os custos gerados pela guerra entre os grupos e assegurar a continuidade dos seus negócios ilícitos, chegou ao fim por motivos que os próprios criminosos classificaram como “questões que ferem a ética do crime”. Desta vez, ao contrário da trégua, que foi anunciada com um comunicado conjunto, os novos informes vieram de forma separada, sinalizando a retomada de tensões.

A trégua foi vista como um movimento estratégico por autoridades da segurança pública e investigadores, já que a guerra entre as facções vinha provocando centenas de mortes e instabilidade em diversas regiões do país, sobretudo nas rotas do tráfico de drogas. O fim do acordo, portanto, reacende o alerta para a possibilidade de novos confrontos violentos e represálias tanto nas fronteiras quanto dentro do sistema prisional.

Especialistas em crime organizado avaliam que a quebra do pacto pode ter sido motivada por disputas de território, falhas no cumprimento de acordos logísticos ou ações unilaterais que minaram a confiança entre os grupos — fatores frequentes em alianças entre facções.

As autoridades reforçaram o monitoramento nas regiões de fronteira e nos presídios federais e estaduais onde há maior presença dos dois grupos. O MPSP segue acompanhando as movimentações por meio de interceptações e inteligência, com apoio de forças estaduais e federais.

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