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Dia de rock, bebê! O segundo dia do The Town 2025, realizado neste domingo (7) no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, foi marcado por uma combinação explosiva de protestos políticos, nostalgia roqueira e guitarras afiadas. O clima foi de celebração, mas também de crítica, embalado por sucessos que atravessam gerações.

Quem abriu os trabalhos com energia foi Supla, que subiu ao palco The One ao lado dos Inocentes, veteranos do punk nacional. A roda punk começou cedo e ganhou ainda mais fôlego quando o “papito” surpreendeu ao apresentar uma versão rock de As It Was, de Harry Styles — gesto que animou o público mais jovem, mas dividiu opiniões entre os fãs mais fiéis do estilo old school.

Logo depois, o Capital Inicial levou uma multidão aos anos dourados do rock brasileiro com um setlist previsível, mas eficaz, recheado de hits dos anos 1980 e 2000. Em meio à performance, o vocalista Dinho Ouro Preto aproveitou o clássico Que País É Este, da Legião Urbana, para alfinetar a PEC da impunidade, arrancando aplausos de parte da plateia e críticas nas redes sociais.

O tom político seguiu com o CPM 22, que reforçou sua ligação com o público nascido entre os anos 70 e 90, trazendo sucessos como Dias Atrás e Um Minuto Para o Fim do Mundo. Em um breve discurso, a banda destacou a importância de resistência cultural e liberdade de expressão.

A noite seguiu em alta voltagem com nomes aguardados como Pitty, que reafirmou seu lugar no panteão do rock nacional com performance intensa e visual impactante. No campo internacional, Iggy Pop mostrou que segue uma força da natureza, enquanto Bruce Dickinson — em apresentação solo — entregou técnica, potência e carisma de sobra.

Os veteranos do Bad Religion trouxeram seu punk direto e crítico, preparando o terreno para o Green Day, que incendiou o palco com um set enérgico e recheado de hinos como American Idiot e Basket Case, conquistando tanto os fãs antigos quanto a nova geração.

Para encerrar, o duo eletrônico Cat Dealers assumiu as pickups e transformou Interlagos em uma verdadeira pista de dança, selando um dia eclético, vibrante e cheio de atitude.

O segundo dia do The Town provou que o rock segue vivo — reinventado, contestador e, acima de tudo, capaz de dialogar com todas as gerações.

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