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A Tesla anunciou um acordo estratégico de US$ 16,5 bilhões com a sul-coreana Samsung para a produção de seus chips de próxima geração, os AI6. A iniciativa marca mais um passo da empresa de Elon Musk rumo à consolidação como potência de inteligência artificial e robótica, deixando de ser apenas uma montadora de veículos elétricos. Os novos processadores serão fundamentais para alimentar o sistema de direção autônoma da Tesla, os androides Optimus e o treinamento de IA de alta performance em data centers próprios.

Desde 2019, a Tesla deixou de usar a plataforma Drive da Nvidia para apostar em um chip proprietário, o FSD Computer (FSDC), que conta com dois sistemas redundantes em uma mesma placa, garantindo a segurança exigida em sistemas autônomos. A parceria com a Samsung fortalece essa estratégia, posicionando a fabricante como uma líder na corrida global por chips especializados em inteligência artificial.

Paralelamente, diante das crescentes restrições de exportação impostas pelos Estados Unidos sobre tecnologias avançadas da Nvidia, empresas chinesas de IA estão reestruturando suas bases de fornecimento. Nesta semana, duas novas alianças industriais foram anunciadas, unindo desenvolvedores de grandes modelos de linguagem (LLMs) e fabricantes locais de chips, com o objetivo de acelerar a autonomia tecnológica do país.

Entre os membros das alianças estão a gigante Huawei e as fabricantes de semicondutores Metax e Iluvatar CoreX, que trabalham para fortalecer a integração entre IA e transformação industrial. A movimentação sinaliza um esforço coordenado para reduzir a vulnerabilidade às sanções externas e fomentar um ecossistema doméstico de alto desempenho em tecnologia de IA.

A corrida global por chips de inteligência artificial ganha, assim, novos contornos geopolíticos e comerciais, com Tesla e China avançando em caminhos paralelos rumo ao domínio da próxima geração de tecnologias disruptivas.

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