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O último dia de votação nas eleições americanas de 2020 chega em meio a uma tensão crescente após uma campanha marcada por violência política, tentativa de assassinato e um debate decisivo que alterou o rumo da corrida democrata. Com mais de 78 milhões de votos já registrados, a disputa entre os candidatos Kamala Harris (democrata) e Donald Trump (republicano) segue acirrada, com todos os sete estados-pêndulo ainda indefinidos e o país prestes a enfrentar um novo marco histórico na sua política e democracia.

A Disputa Acirrada nos Estados-Pêndulo

As pesquisas mostram uma luta técnica em todos os estados-pêndulo, com Kamala Harris mantendo a liderança nacional, além de sua vantagem em estados-chave como Michigan, Wisconsin e Nevada. Contudo, sua vantagem na Pensilvânia diminuiu, um sinal de que a corrida pode se apertar ainda mais nas horas finais. Donald Trump, por sua vez, mantém a liderança em estados como Arizona, Geórgia e Carolina do Norte. A disputa está centrada nestes estados, que possuem um papel crucial no Colégio Eleitoral, e que podem mudar de partido a cada eleição.

A Pensilvânia, com 19 votos no Colégio Eleitoral, tornou-se o principal ponto de atenção para ambos os candidatos, com ambos focando seus últimos comícios e esforços de campanha na região. Kamala passou a maior parte do último dia de sua campanha em território da Pensilvânia, enquanto Trump se concentrou em comícios nos estados da Carolina do Norte e Michigan. A movimentação reflete a importância estratégica desses estados, que, tradicionalmente, têm sido volúveis e muitas vezes decididos por uma margem extremamente estreita.

Preocupações com a Violência Pós-Eleitoral

Além das questões relacionadas à disputa acirrada nos estados-chave, o clima de violência política e as ameaças à democracia se intensificaram nas semanas finais da campanha. Um relatório do New York Times revela que cerca de 1 milhão de mensagens analisadas em canais do Telegram, com mais de 500 mil membros, indicam que há um movimento coordenado entre apoiadores republicanos para questionar a credibilidade do pleito, interferir no processo eleitoral e contestar os resultados, caso Trump não saia vitorioso.

O medo de violência pós-eleitoral está muito presente nas discussões, com diversas comunidades e movimentos se preparando para possíveis confrontos e distúrbios. As mensagens, espalhadas por diversas plataformas de comunicação online, mostram que a disputa vai além das urnas — ela envolve uma verdadeira batalha pelo caráter da nação e pelo futuro da democracia nos Estados Unidos.

Contagem de Votos e Expectativa pelo Resultado

O processo eleitoral nos Estados Unidos tornou-se mais complexo nas últimas eleições, especialmente com a crescente adesão ao voto por correio, o que significa que os resultados não sairão imediatamente após o fechamento das urnas. Estados-chave como Geórgia, Carolina do Norte e Pensilvânia têm votos por correio que precisam ser verificados, o que pode retardar o processo de contagem. A expectativa é que os resultados sejam conhecidos até o fim da tarde de sábado, mas isso dependerá da rapidez com que os estados puderem concluir a contagem dos votos.

Os primeiros resultados, de acordo com os horários de fechamento das urnas, começarão a ser anunciados a partir das 19h (horário local), com o encerramento da votação na Geórgia, seguido pela Carolina do Norte às 19h30. Uma grande parte das cédulas desses estados deve ser contada e divulgada até a meia-noite (horário de Brasília), oferecendo uma ideia mais clara de como a disputa se desenrolará.

O primeiro resultado já foi anunciado em Dixville Notch, uma pequena cidade de New Hampshire, onde a votação terminou em empate entre Kamala Harris e Donald Trump. Esse primeiro reflexo da eleição, embora simbólico, destaca o quão divididos estão os eleitores e como a corrida está tensa e imprevisível.

Uma Eleição que Pode Mudar os Rumos da Nação

Como apontado por Stephen Collinson, analista político do CNN, essa é uma eleição que poderá mudar profundamente o país e o mundo, criando um cenário em que eleitores de ambos os lados temem pelo futuro caso seu candidato perca. O presidente Donald Trump e a vice-presidente Kamala Harris não estão apenas disputando uma vaga na Casa Branca — eles estão envolvidos em uma luta existencial sobre o futuro da democracia, o respeito às instituições e os valores que definirão a nação nos próximos anos.

A eleição de 2020, portanto, vai além das urnas: é um marco decisivo para o caráter da nação americana, e os temores de violência, caos e polarização estão mais presentes do que nunca, fazendo com que o mundo observe ansiosamente os eventos que se desenrolam em tempo real.

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