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A tensão entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Legislativo atingiu novos patamares ontem, com a decisão do ministro Flávio Dino de suspender todas as emendas impositivas do Orçamento da União, em resposta a um pedido do PSOL. A medida abrange as emendas apresentadas por deputados e senadores, com exceção dos recursos destinados a obras já iniciadas ou ações voltadas a calamidades públicas. A suspensão permanecerá em vigor até que o Congresso edite novos procedimentos que garantam maior transparência, rastreabilidade e eficiência na utilização desses recursos.

As emendas impositivas, que em 2024 totalizam R$ 49 bilhões, incluem as chamadas emendas PIX, individuais e de bancada, e são de execução obrigatória pelo governo. Dino justificou sua decisão argumentando que o atual sistema compromete a liberdade do Executivo na implementação de políticas públicas, violando o princípio da separação de Poderes.

Em resposta, o Congresso rapidamente iniciou ações de retaliação. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) rejeitou uma Medida Provisória que visava aumentar as verbas do Judiciário. Além disso, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciaram que se reunirão amanhã para discutir estratégias jurídicas em reação à decisão de Dino.

A crise também impactou o andamento de outras pautas importantes. A votação dos destaques da segunda etapa da regulamentação da reforma tributária, prevista para ontem, foi adiada pela Câmara, sem uma nova data definida para ocorrer. Enquanto isso, o Executivo tenta manter-se distante da disputa entre os outros Poderes.

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