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A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) de São Paulo informou que não há evidências comprovadas de tecnologias ou acessórios que consigam burlar de forma eficaz os sistemas de reconhecimento facial utilizados. A declaração foi feita na quinta-feira (4), durante a inauguração da central de monitoramento do Programa Smart Sampa. O sistema de vigilância utiliza cerca de 13 mil câmeras inteligentes espalhadas pela capital, com o objetivo de combater a criminalidade.

Debate sobre Privacidade e Tecnologia

O uso de reconhecimento facial tem gerado debates sobre a privacidade e o uso de imagens da população. Artistas, designers e engenheiros têm desenvolvido tecnologias para reduzir a capacidade das câmeras de identificar rostos. A artista Iane Cabral, por exemplo, lançou uma coleção de joias com LEDs que emitem infravermelho, confundindo os sistemas de reconhecimento facial. Segundo Cabral, esses acessórios “exploram o autocontrole sobre nossa identidade em contextos onde algoritmos de visão computacional detectam rostos”.

Em entrevista à CNN, Cabral criticou o uso dessas tecnologias, argumentando que o rosto é um dado sensível segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e que as pessoas não deveriam ser vigiadas sem consentimento. Marcelo Crespo, coordenador do curso de direito da ESPM, afirmou que, embora não haja evidências objetivas de que as câmeras com reconhecimento facial violem a lei, os acessórios desenvolvidos para burlar os algoritmos têm mais teor de manifesto do que resolutivo.

Eficácia das Tecnologias Anti-Recognição Facial

João Paulo Papa, professor de computação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), explicou que a inteligência artificial está em constante avanço, assim como os movimentos que tentam combatê-la. Embora qualquer iluminação possa atrapalhar o reconhecimento facial, principalmente entre pontos específicos como olhos, nariz e boca, o professor destacou que os algoritmos podem ser facilmente reajustados para reconhecer novos acessórios.

Posição da Secretaria Municipal de Segurança Urbana

Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana reafirmou que não há evidências de tecnologias ou acessórios que possam efetivamente burlar os sistemas de reconhecimento facial do Smart Sampa. A secretaria enfatizou que os algoritmos utilizados no programa são atualizados continuamente para acompanhar os avanços tecnológicos, garantindo a eficácia do sistema.

A implementação do Smart Sampa e o debate sobre a privacidade dos dados e a eficácia das tecnologias anti-reconhecimento facial refletem uma preocupação crescente com a segurança e a liberdade individual em um mundo cada vez mais digitalizado.

 

 

 

Fonte: CNN Brasil

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