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O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta quarta-feira (5), o julgamento que pode definir como empresas de tecnologia e plataformas digitais serão responsabilizadas por conteúdos ofensivos postados por seus usuários. A análise do caso estava paralisada desde dezembro, após pedido de vista do ministro André Mendonça, que alegou necessidade de mais tempo para avaliar o processo.

A decisão do Supremo é considerada crucial para estabelecer um marco jurídico sobre a atuação das redes sociais no Brasil, com impactos diretos sobre empresas como X (antigo Twitter), Facebook, Instagram, YouTube e TikTok. Até o momento, o julgamento conta com os votos de quatro ministros, e ainda faltam sete para a conclusão do caso.

Na reabertura da discussão, o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o STF não está promovendo “censura” nem extrapolando sua atuação ao discutir o tema. “O Supremo não está legislando. Está apenas exercendo sua função constitucional de interpretar a Constituição à luz dos desafios contemporâneos”, disse. Barroso ressaltou que o objetivo é encontrar um equilíbrio entre a liberdade de expressão e o combate à desinformação e ao discurso de ódio.

O julgamento envolve o caso de um site que foi processado por manter no ar comentários ofensivos feitos por terceiros. A decisão final terá repercussão geral, ou seja, deverá ser seguida por instâncias inferiores em casos semelhantes.

Especialistas em direito digital e liberdade de expressão acompanham com atenção o desfecho, que pode alterar a forma como as plataformas moderam conteúdo e lidam com denúncias de usuários no Brasil. Também há expectativa quanto a eventuais parâmetros para remoção de conteúdos e os limites da responsabilização civil das empresas.

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