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Na edição deste sábado, exclusiva para assinantes premium, o antropólogo Juliano Spyer mergulha em um universo pouco explorado, mas cada vez mais visível: o dos homens de meia-idade que enfrentam a solidão silenciosa. Sem manter os antigos laços de amizade e com dificuldade de criar novos vínculos, muitos buscam refúgio em academias, ringues e tatames.

Mais do que uma simples escolha por saúde ou lazer, as artes marciais e a dedicação intensa ao esforço físico se tornam válvulas de escape emocionais — um modo de canalizar frustrações, reafirmar identidades e, muitas vezes, silenciar dores que não encontram espaço para serem ditas.

Spyer relata em primeira pessoa sua própria incursão nesse mundo. A busca por pertencimento, a rotina marcada por repetições quase rituais e o culto ao corpo como armadura simbólica revelam um movimento coletivo de homens que se veem desconectados de vínculos afetivos profundos.

Mas o relato não para na imersão: ele também narra o processo — íntimo e difícil — de sair desse ciclo, reconstruir laços e repensar o que significa ser homem, amigo e vulnerável em um mundo onde masculinidade ainda é sinônimo de invulnerabilidade.

Um retrato incisivo e sensível da masculinidade contemporânea, que expõe não apenas músculos, mas feridas.

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