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O Senado dos Estados Unidos passou a noite em uma intensa maratona de votações — apelidada de vote-a-rama — sem conseguir concluir a análise do megaprojeto de corte de impostos e gastos proposto pelo presidente Donald Trump. Batizado por ele de “big beautiful bill” (grande e linda lei), o texto representa uma das principais apostas da Casa Branca para impulsionar a economia americana e consolidar apoio eleitoral, mas ainda enfrenta forte resistência no Congresso.

A proposta inclui cortes significativos nos tributos pagos pelos mais ricos e estímulos a setores tradicionais da indústria, além de um expressivo aumento nos gastos com defesa. Em contrapartida, prevê reduções em programas sociais, com destaque para o Medicaid, sistema que oferece assistência médica a famílias de baixa renda — ponto mais criticado pela bancada democrata.

Até o fechamento desta edição, os senadores ainda discutiam emendas e ajustes de última hora, sem previsão de encerramento da votação. A proposta gerou divisões inclusive dentro do Partido Republicano, onde parte da ala moderada manifesta preocupação com o impacto social das medidas e o aumento do déficit público.

Os democratas, mesmo em minoria, aproveitam a maratona legislativa para chamar atenção da opinião pública sobre os trechos mais impopulares do projeto, como a diminuição da carga fiscal para os mais ricos e os cortes em saúde. “Estamos diante de uma legislação que premia bilionários e penaliza trabalhadores e famílias vulneráveis”, criticou o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer.

Trump, por sua vez, segue pressionando os parlamentares para aprovar a proposta ainda nesta semana. Em discurso recente, o presidente afirmou que o pacote é essencial para manter a competitividade americana e garantir “um futuro brilhante para os filhos da América”.

A tensão no Congresso reflete o desafio do governo em aprovar reformas econômicas de grande porte em um ambiente polarizado. Analistas apontam que o resultado da votação poderá ter forte impacto na corrida presidencial e nos rumos da política fiscal americana nos próximos anos.

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