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Pela primeira vez desde sua criação, o Fundo Amazônia terá parte de seus recursos utilizados fora da Amazônia Legal. Os ministérios do Meio Ambiente e da Justiça encaminharam ao BNDES um pedido de repasse de R$ 150 milhões para ações de combate a incêndios florestais no Cerrado e no Pantanal. O montante será destinado ao financiamento do Projeto Manejo Integrado do Fogo, voltado à contenção das queimadas que avançam nos dois biomas.

A proposta abrange ações em seis unidades federativas: Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Piauí e o Distrito Federal. O pedido foi enviado ao banco — responsável pela gestão dos recursos do fundo — há cerca de duas semanas. Embora o BNDES ainda não tenha definido uma data para análise, fontes dos ministérios afirmam que a decisão de aprovar o uso dos recursos já está tomada.

A iniciativa ocorre em meio ao aumento expressivo das queimadas em 2024 nesses biomas, com registros superiores aos de 2023, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A mudança no uso do fundo sinaliza uma ampliação estratégica das políticas de preservação ambiental para além da floresta amazônica, diante da crescente pressão climática.

Criado em 2008, o Fundo Amazônia é financiado principalmente por doações da Noruega e da Alemanha, e já destinou bilhões de reais a projetos de preservação ambiental na Amazônia Legal. A destinação dos recursos ao Cerrado e ao Pantanal será uma estreia, justificando-se pela urgência das ações e pela conexão ecológica entre os biomas.

O projeto prevê reforço no combate aos incêndios, com compra de equipamentos, formação de brigadistas, uso de tecnologia de monitoramento e ações preventivas junto a comunidades locais. A expectativa é de que, com a liberação dos recursos, as ações comecem ainda neste segundo semestre.

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