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Quatro anos depois da invasão do Capitólio por apoiadores de Donald Trump, o Congresso americano certificou, nesta terça-feira (6), sua vitória nas eleições de novembro, consolidando o retorno do ex-presidente ao poder. A cerimônia, que teve a vice-presidente Kamala Harris presidindo a sessão, foi marcada por um ar protocolar e rápido, com duração de apenas 30 minutos. Harris, que havia aceitado a derrota logo após a eleição, anunciou os votos do colégio eleitoral: 312 para Trump e 226 para ela. No entanto, a cerimônia reverberou o impacto da invasão de 2021, com um aumento na segurança tanto dentro quanto fora do Capitólio.

Durante a sessão, o líder da maioria no Senado, o democrata Chuck Schumer, se referiu ao ataque ao Capitólio como “um dos episódios mais vergonhosos e repreensíveis da história desta grande nação”, alertando sobre os perigos do “negacionismo eleitoral” e o risco de Trump anistiar os responsáveis pelo ataque. Kamala Harris, por sua vez, defendeu a resiliência da democracia americana, afirmando que “ela é tão forte quanto nossa disposição de lutar por ela”.

O destino dos quase 1,6 mil réus acusados pela invasão ao Capitólio agora depende de Trump. O presidente eleito prometeu perdoá-los em sua primeira hora de governo, o que teria o efeito de anistiar os culpados e invalidar parte dos esforços legais direcionados a responsabilizá-los pelos crimes de 6 de janeiro de 2021. Contudo, uma pesquisa recente do Washington Post e da Universidade de Maryland revelou que dois terços dos americanos se opõem a essa anistia, embora a medida seja apoiada por 60% dos republicanos e 69% dos eleitores de Trump.

Enquanto isso, Trump segue enfrentando desafios legais. O juiz Juan Merchan rejeitou o pedido do republicano para adiar a divulgação da sentença de sua condenação criminal por suborno à atriz pornô Stormy Daniels. A sentença está marcada para esta sexta-feira (10), e os advogados de Trump devem recorrer da decisão.

De acordo com Luke Broadwater, “de muitas maneiras, o país e o Congresso seguiram em frente”. Democratas que antes alegavam ser impossível trabalhar com os republicanos agora se veem forçados a cooperar, já que os republicanos assumem o controle do governo com a posse de Trump. O retorno de Trump à presidência, embora cercado de polêmicas e divisões, foi uma escolha do povo americano, que, apesar de condenar o ataque ao Capitólio, preferiu o ex-presidente em temas como a economia e a segurança da fronteira.

Com Trump de volta à presidência, as tensões e controvérsias que marcaram seu mandato e a invasão de 2021 provavelmente continuarão a influenciar o cenário político dos Estados Unidos.

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