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Relatório da The Lancet aponta aumento alarmante na produção de plástico e alerta: reciclagem não será suficiente

A produção global de plástico cresceu de 2 milhões de toneladas em 1950 para impressionantes 475 milhões em 2022 — e, segundo estimativa publicada pela revista científica The Lancet, esse número pode triplicar até 2060, caso medidas drásticas não sejam tomadas.

O estudo, divulgado nesta segunda-feira (5), um dia antes de representantes de 180 países se reunirem em Genebra, na Suíça, para negociar um tratado global contra a poluição plástica, emite um alerta contundente: o planeta não conseguirá enfrentar essa crise apenas por meio da reciclagem.

Atualmente, apenas cerca de 9% de todo o plástico produzido é reciclado, o que, para os pesquisadores, revela a ineficácia das estratégias centradas unicamente nesse processo. “Está claro que o mundo não conseguirá sair da crise da poluição plástica por meio da reciclagem”, afirma o relatório.

Além de poluir solos, rios e oceanos, o plástico tem impactos comprovados na saúde humana e na biodiversidade. A publicação na The Lancet reforça que a solução passa por um corte drástico na produção, especialmente de plásticos de uso único, e pela adoção de políticas internacionais robustas e vinculantes.

As negociações em Genebra fazem parte dos esforços da ONU para aprovar até o final de 2025 um tratado global juridicamente vinculante que limite a produção e o uso de plásticos, em especial aqueles que não podem ser reutilizados ou reciclados com eficiência.

O relatório da The Lancet deve influenciar os debates, colocando pressão sobre países produtores e grandes indústrias do setor. A expectativa é que o encontro traga avanços concretos rumo a uma economia mais sustentável, baseada na redução do consumo, inovação em materiais e responsabilidade compartilhada.

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