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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, expressou sua decepção por não ter sido convidado ao Brasil após a posse de Javier Milei, em dezembro passado. Em entrevista exclusiva à Folha, Zelenski revelou sua disposição para visitar o país sul-americano, mas lamentou a falta de convite, sugerindo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia ter outras prioridades.

“Talvez Lula tenha outras prioridades, não sei”, comentou Zelenski. “O Brasil terá um grande impacto se a política de Lula com a Ucrânia mudar, se ele realmente quiser resolver a guerra e reconhecer a Rússia como agressora”, acrescentou o líder ucraniano, destacando a importância de uma postura firme em relação ao conflito no leste da Ucrânia.

Ao ser questionado sobre a viagem planejada do assessor especial Celso Amorim à Rússia, na próxima semana, Zelenski adotou uma postura mais neutra, afirmando que não pode “impedir ninguém de ir aonde quiser”. No entanto, suas opiniões foram mais incisivas quando o assunto foi a possível participação de Lula no encontro do Brics, marcado para outubro, em solo russo.

“Seriá um grande erro. Temos que isolar politicamente Vladimir Putin. Ele precisa sentir que cometeu um erro histórico ao invadir a Ucrânia. Quando você vai até ele, você o reconhece”, alertou Zelenski, reforçando a necessidade de uma abordagem diplomática que enfatize a rejeição à agressão russa.

A posição do presidente ucraniano destaca as complexidades das relações internacionais e a importância das decisões políticas na cena global, especialmente em um contexto de tensões geopolíticas como a que envolve a Ucrânia e a Rússia. Enquanto Zelenski busca apoio e cooperação, suas palavras refletem a urgência de uma postura firme contra a agressão russa e a busca por soluções diplomáticas para conflitos em curso.

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