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O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, está avaliando a possibilidade de consolidar os três indiciamentos do ex-presidente Jair Bolsonaro em uma única denúncia. Esses indiciamentos envolvem a tentativa de golpe de Estado, a venda de joias sauditas recebidas durante o governo brasileiro e a falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19. Embora Bolsonaro ainda não seja réu nem formalmente acusado em nenhum desses casos, a hipótese de juntar as acusações foi discutida por juristas ouvidos pela Folha. Enquanto alguns veem a estratégia como viável, outros alertam para os potenciais riscos dessa abordagem conjunta.

Em meio a esse cenário jurídico, a defesa de Bolsonaro adotou uma nova estratégia. Alega-se que altos oficiais militares, como os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto, teriam planejado um “golpe dentro do golpe” no final de 2022. Segundo essa linha de defesa, a intenção seria derrubar o então presidente Bolsonaro e assumir o poder. A teoria gerou desconforto entre aliados militares, que consideram a manobra como uma tentativa oportunista de transferir a responsabilidade para os militares.

Em paralelo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, no Palácio da Alvorada, o ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Durante o encontro, os militares sugeriram um ajuste na idade mínima de 55 anos para a passagem dos oficiais para a reserva remunerada, embora tenham manifestado apoio ao pacote de corte de gastos do governo. Apesar disso, um possível tema polêmico, a anistia aos militares envolvidos no golpe, não foi oficialmente discutido, permanecendo nos bastidores. Em uma análise política, a jornalista Eliane Cantanhêde destacou que, apesar da sensibilidade do tema, a conversa foi amena, e a questão da anistia foi evitada para não misturar assuntos objetivos com questões políticas.

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