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A Polícia Federal (PF) ratificou o indiciamento dos delegados Rivaldo Barbosa e Giniton Lages, bem como do comissário Marco Antonio de Barros Pinto, conhecido como Marquinhos, no contexto da investigação dos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. O documento, que inclui um relatório complementar sobre a obstrução das investigações, foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (9).

Acusações de Obstrução

O relatório da PF alega que membros do alto escalão da Polícia Civil teriam agido em conluio para dificultar a elucidação dos crimes. De acordo com a investigação, as imagens de câmeras de segurança, que poderiam ter acelerado a identificação dos criminosos, foram intencionalmente ignoradas. Este ponto é destacado como uma inovação no cenário probatório, diferenciando-se das alegações anteriores.

O inquérito também aponta que houve um desvio de foco nas investigações, evidenciado pelo uso da Delegacia de Homicídios da Capital. O documento menciona a indicação de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco, que afirmou que os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, suspeitos de serem os mandantes do crime, redirecionaram as investigações. Além disso, conflitos políticos e territoriais e denúncias anônimas recebidas pela delegacia foram identificados como fatores que contribuíram para a obstrução.

Detalhes do Relatório

Com 87 páginas, o relatório detalha novos elementos que sugerem que os indiciados tentaram ocultar informações essenciais sobre os responsáveis pelos assassinatos. A PF destaca que as ações dos delegados e do comissário foram direcionadas a desviar a investigação, beneficiando os suspeitos.

A documentação também faz referência a conflitos entre os irmãos Brazão e o ex-vereador Marcello Siciliano, ressaltando a dinâmica de denúncias anônimas e o direcionamento das investigações de forma que favoreceu os suspeitos.

Próximos Passos

Com a entrega do relatório ao STF, a investigação agora avança para a consideração judicial. A PF continua a trabalhar para desvendar todas as circunstâncias envolvidas na obstrução das investigações e garantir que todos os responsáveis pelos crimes sejam devidamente responsabilizados.

A crise de confiança na Polícia Civil e a necessidade de transparência nas investigações do caso Marielle Franco continuam a ser uma preocupação central, com a sociedade e os familiares das vítimas aguardando uma resolução que traga justiça.

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