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A Polícia Federal (PF) marcou para a próxima terça-feira (1º) os depoimentos dos advogados Fábio Wajngarten e Paulo Cunha Bueno, que atuam na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, para esclarecer a tentativa de contato insistente com a filha de 14 anos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República. A corporação quer entender as motivações da abordagem, que pode configurar tentativa de intimidação ou obstrução de Justiça, já que Cid é colaborador premiado na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Segundo depoimento de Mauro Cid, os advogados também teriam procurado sua esposa com o mesmo objetivo: tentar obter informações sobre o conteúdo da delação premiada firmada com a PF. A preocupação dos investigadores é que as abordagens possam ter sido parte de uma estratégia coordenada para minar a colaboração de Cid com a Justiça, elemento central nas investigações sobre a articulação golpista que teria envolvido integrantes do alto escalão do governo Bolsonaro.

Além de Wajngarten e Cunha Bueno, a PF também ouvirá Luiz Eduardo Kuntz, advogado do ex-assessor jurídico da Presidência, Marcelo Câmara, que também figura entre os investigados no inquérito.

O caso acende um novo alerta no entorno do ex-presidente Bolsonaro, que vê aumentar a pressão judicial e política com os avanços nas apurações da PF e do Supremo Tribunal Federal sobre a tentativa de ruptura institucional no país. A eventual comprovação de coação a testemunhas pode representar agravantes penais e políticos para os envolvidos.

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